Caros(as) leitores(as) desta preciosa página,
Convido a um modesto passeio à galeria da moda em que o artigo central e de luxo é nada mais que a indispensável: Écharpe.
Em minha pouca pesquisa localizei o primeiro ensaio de écharpe ainda na Idade Média sendo originária do termo escandinavo skreppa, evoluindo para o francês arcaico em skerpa, que era nada mais que uma faixa de tecido atravessada no peito, uma espécie de bolsa tiracolo.
Antes deste acessório ganhar a finalidade de proteção do frio ou ornamento na região do pescoço, deslocou-se para a cintura inspirando nossos cintos da atualidade.
Na corte francesa de Louis XIV; o acessório fazia parte do vestuário masculino em forma de um lenço rendado.
 |
Louis XIV |
A fase napoleônica apresentou lenços fabulosos que compunham o guarda- roupa masculino adornando casacos e golas altas; enquanto que a mulheres combinavam luvas com xales importados em especial da Índia.
No Romantismo do começo do século XIX, predominou na moda masculina o estilo denominado de Dandismo, com advento de lenços com sofisticados nós , os chamados Plastron. Enquanto que as mulheres mantiveram o xale com o reforço do chapéu de palha ou cetim.
 |
Estilo Romântico |
 |
Visual inspirado na influência do Dandismo
|
A popularidade da écharpe consolida-se a partir do final do século XIX e começo do século XX seguindo as tendências da La Belle Époque, como integrante do visual feminino até os nossos dias.
Faz-se necessária uma afirmativa nesta trajetória, para algumas pessoas écharpe não representa um mero acessório, mas artigo de estima, coleção, lembrança e a própria moda em "si".
Me lembrei até das divertidas cenas da Garota da Écharpe Verde em "Os Delírios de Consumo Becky Bloom"(Confessions of a Shopaholic), em sua compulsão pela écharpe que lhe custou um codinome famoso em uma coluna de jornal e tantas situações e valores a rever.
Tenho uma mania pessoal, um pouco menos compulsiva que a da Becky, por onde passo gosto de trazer de lembrança pelo menos uma inesquecível écharpe. Basta! A écharpe fala por si só.